Máscara de Açúcar

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

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Minha querida...

Quero muito te ver... e preciso disso como nunca... Ando boicotando meus objetivos, talvez como um escudo contra a minha vulnerabilidade momentânea (espero)...

Neste final de semana, vou me trancar em casa... talvez o perigo esteja nessa minha relação sóbria (porém constantemente alterada, modificada e entorpecida) demais com o mundo...

Descobri que preciso de muletas e você se tornou uma delas...

Ando desviando meu olhar em direção ao chão... Me deixa olhar pra você...?

Adoro demais... e preciso...

Sua...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ausência

Escrevi muita coisa pra você.
E queria ler pra todo mundo, da varanda da minha casa.
Esperei você passar... para que ouvisse também...
...
...
...
nada...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

sem título

Se de fato eu conseguisse respirar assim, tão leve...
não perderia o ritmo do ar... não suspiraria para encontrar a batida...
não arrepiariam os pêlos dos meus braços...
não bambeariam os membros do meu corpo...
Se de fato eu conseguisse respirar assim, tão leve...
não me daria assim, instantâneamente, ao te ver, uma vontade incontrolável de fugir...
não me perguntaria o quão inusitado é o fato de eu estar ali... te olhando... desse ângulo tão único...
não me pegaria a todo momento pensando e sentindo, em seguida, aquele calafrio...

(...inacabado...)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ex(in)terno

Hoje já acordei chorando. Uma tristeza imensa, um vazio para o qual não achei conteúdo digno.
Já me levantei contraindo os músculos do rosto. Antes de chorar, parece que a gente arde por dentro. Não gosto do gosto da lágrima, não gosto de chorar... eu sinto quando choro.
Não durou muito o instante. Quando fico assim, me olho logo no espelho. Páro na hora.
Dessa vez fiquei me observando... olhos inchados, nariz vermelho, cílios molhados. E fiquei esperando... esperando o motivo daquilo.
E ele não veio.
Me olhei mais um pouco... limpei o canto da boca. E nada...
[...]
Tenho que me acostumar ainda com essas variações do sentimento humano.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

...

É essa sensação de ter vivido pouco demais que me aflige.
Ou de ter medo das coisas.
Mas de você, não tenho medo.
E quero a vida assim, agora... longa.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Como se explica o amor?

Não importa... não é de verdade.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Insert movie.

Eu estava em Salt Lake City quando tudo começou.
Falhas na memória. Desvios constantes de atenção. E o pior, lembranças de fatos dos quais não tenho nenhum registro. Mas me lembro de Salt Lake City, onde acompanhei toda a cerimônia de doces e travessuras... sim, era Halloween.
Sem possibilidades de resolver o meu problema, continuei minha viagem praticamente inconsciente pelo mundo e num piscar, estava eu em Milão, na Itália. Lá, me hospedei na mansão da família Stemp, que me acolheu muito bem. Curiosamente me apaixonei por todos ali.
Faltando ainda algumas semanas para o fim da minha licença médica, saltei para a Polônia, mais precisamente na cidade de Lublin. Lublin é uma cidade vermelha... muito vermelha. Passei um bom tempo ali, admirando e observando o dia a dia dos vizinhos. Conclui, que a vida, bem em seu interior, é caótica para todos. Os telefones tocam demais.
Não querendo abandonar aquela vermelhidão, mas já com os dias contados para o retorno ao Brasil, resolvi conhecer rapidamente a França. Me foge o nome daquela cidade, mas unia o preto e branco do cinema clássico com um alto teor de feromônio. Um mundo paralelo envolvendo a juventude, as telas e o sexo.
Ao pousar no Brasil, parecia ter passado pouco tempo fora. Meu problema com a memória estava em estágio avançado e não soube descrever sobre a viagem, mais do que estes flashes. De qualquer forma, uma sensação diferente de estar sendo sempre observada através de um quadro luminoso me acompanha desde os EUA... até hoje.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Sempre Oposto

aicnêsua edep açneserp a,
asnep êcov euq od oirártnoc oA

4.700 substâncias tóxicas

Tenho fumado demais, cigarros cada vez mais fortes.
Adoro aquele mal estar que vem com o excesso.
O peso no peito. Falta de ar. Dores musculares.
Angústia.

E depois passa.

E o que fica, ninguém consegue ver.

Típico estágio do vício. A dor num momento tão único e o alívio constante.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Platônico

Como é que você consegue, de tão longe, ser tão minha?

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Pés, Cabelos, Mundo

Pare no meio da rua e sinta o mundo em movimento.
Dá pra sentir o mundo todo, nos pés e nos cabelos.
Sinta-se parte daquilo que não te faz parte.
Mas sinta... os pés, os cabelos e o mundo.